Sob a luz das estrelas

Era noite, não muito fria, mas uma brisa gelada açoitava a pele.Uma fina garoa se desprendia das nuvens, deixando nos cabelos pequenas gotas, como orvalho, brilhando sob a luz.

Um beijo ardente, um mundo próprio, nada que já tenha visto, sentido ou imaginado.
No quarto, sob a luz negra, estrelas no teto, musica  tocando de fundo, acontecia. A cena se formava. A paixão arrebatadora, pura luxuria no olhar, o desejo dominava.

Olhos, boca, mãos, os corpos se entrelaçavam, cadenciados, um ritmo único, vibraram em oníssono. A sensação era a mesma, como se fizessem isso a seculos, como se conhecessem a milênios. O encaixe perfeito.

Os corpos faiscavam de desejo, o beijo intenso, acelerado, consumia todo o folego, mas já não bastava, o desejo os havia dominado, precisavam um do outro, visceral, era vital. Ali estavam atemporal, apenas eles importavam, o momento.



A luxuria torna-se impetuosa, levando-os a nudez, onde mais uma vez seus corpos se entrelaçavam, compartilhando o calor, dividindo o mesmo sentimento,  a posse.

Ele a tocava, sentindo, observando, cada movimento, cada reação, apreciando. Ela, se movia conforme o desejo dele, sendo embalada no seu ritmo, provando cada sensação que ele lhe dava.

Então ele a possuiu, a levando num ritmo alucinante, arrancando de sua garganta gemidos, cada vez mais prazerosos. Ele a provocava, fazendo com que pedisse mais, até que ela não aguentasse mais. A respiração acelerada, o suor que brotava de sua testa, a boca seca. Ele a deixava em estase, em Alpha, fora do mundo, presa no dele.

Continuaram, a paixão os consumia, reclusos no seu momento de luxuria. Ele a deixou como nunca provara e ela não esperava por isso. A palavra indescritível, curiosamente descrevia tudo, incrível.

Por lá permaneceram, durante toda aquela noite, sob a luz das estrelas, se amando, sem pudor, sem limites, sem se importar com o mundo lá fora, apenas com o mundo que ambos criaram para si, um mundo onde somente eles poderiam habitar, um lugar onde, vidas passadas se cruzavam, onde o passado virara presente, onde o futuro os reservava surpreendentes descobertas.