sábado, 16 de outubro de 2010

Nunca Houve

Nunca houve em lugar algum
Olhos tão profundos e enigmáticos como os dele
Quantos mistérios se escondem ali?
Quantos segredos há de se desvendar?
Quantas portas a abrir?
Mente insana
Pensamentos incoerentes
Inteligência sem igual
Coração
E esse que tesouro inestimável!
Sentimentos e amores iguais não há
Quanto se cabe ainda dentro dele?
Tão machucado outrora
Tão maltratado
Pecado maior nunca fora cometido
Como puderam fazer algo assim
Não sentiram vergonha de cometer tamanha atrocidade?
Pobres aquelas que o magoaram
Infelizes aquelas que não contemplaram o brilho daqueles olhos
Malditas aquelas não o valorizaram e o nem apreciaram
Presente maior que nunca lhes fora dado
Tesouro, de riquezas incontáveis.
Tolas aquelas que não se deixaram levar pelos pensamentos
Não fazem idéia do que perderam
Incomparável inteligência
Mas, incomparável mesmo é aquele coração.
Nele permanecerei, até que meus dias se encerrem.
E que nele não haja mais vida, nem riqueza a ser compartilhada.
Palavras, apenas palavras.
Nelas nunca se encontraram devido sentido
Ou que sejam suficientes para descrevê-lo
Criatura divina, presente dos Deuses.
Obra maior que o Olímpo nunca mais fará.
Criatura agora minha
Sucumba aos meus desejos e terás o que tanto almeja.
Venha a mim.

Maya França (São Paulo - SP)

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